irónico como o verdadeiro fim para mim chegou mais tarde do que para ti, irónico também ter chegado no mesmo dia em que começou, 14. poderia jurar que a pessoa que fez e que disse aquelas coisas horríveis quatro meses depois do primeiro dia 14, o dia 14 de agosto, não era a mesma pessoa que disse o que disse no inicio, que tínhamos tudo para dar certo, que iria ser para sempre blábláblá, palavras de amor que já não tenho a certeza se tiveram sentimento no momento em que foram ditas. porém, a vida acaba sempre por nos trocar as voltas e a verdade é que foram mesmo ditas pela mesma pessoa, por ti. poderia jurar também que tudo foi verdadeiro, tu mostravas-me que era, deste provas maiores do que aquelas que alguma vez eu esperava receber, e não foram só provas de palavras, foram de atitudes também. pergunto-me então porque as deste, e se só foram provas assim tão grandes para mim, mas já me habituei a não ter respostas para tais perguntas. custa-me ainda a acreditar no que fizeste. durante este mês e meio que já passei sem ti, que pareceu uma enorme eternidade, continuava a imaginar-te a pensar em mim, a chorar por mim, com saudades minhas, como se ainda me amasses da mesma forma que outrora o tinhas feito, ou pelo menos, como dizias amar pois já nem disso consigo ter a certeza. iludida por um sentimento que eu nutria e que tinha a certeza que tu nutrias também, pois costumávamos chegar ao consenso de que gostávamos um do outro de igual forma quando haviam aquelas discussões de quem ama mais, parece que as ganhei. iludida também com um futuro próximo juntos, não como antes, mas como os melhores amigos que eramos já há dois anos, a verdade é que também tu estavas a fazer por isso, e agora pergunto-me como pudeste ter o descaramento de me dizer que querias que as coisas voltassem ao que eram se me estavas a esconder uma coisa dessa dimensão? poderia perdoar-te tudo, até mesmo o facto de não teres aturado o meu feitio que já conhecias à imenso tempo para ficares magoado com certas coisas que eu dizia, mas faltas de respeito não consigo. e sim, por mais que digas que não, para mim, pores os dois anos para trás das costas, 'não ficares preso ao passado' como tu mesmo disseste, um passado de duas semanas por aí, e começares a namorar com uma amiga minha é sem dúvida uma falta de respeito, tanto da tua parte como da dela. já sofreste do mesmo modo e fizeste-me sofrer assim, não entento. esconderam-me isso, passavam por mim na rua em separado e falavam-me como se nada fosse, ela fingia apoiar-me e dar-me força enquanto por dentro dava graças à minha dor porque isso era a prova de que tu estavas com ela e não mais comigo. apesar dela ser minha amiga, eu sei o tipo de rapariga que ela é, é o tipo de rapariga que já te fez sofrer bastante. ainda há muita coisa que não entendo, dizem-me que tu pareces estar com ela só por estar, ou que estás com ela para me esquecer. na verdade, na vossa foto, o teu beijo no rosto dela parece sem sentimento, quase forçado, e quando ela te diz 'amo-te' tu nem respondes 'e eu a ti', connosco era diferente, havia sentimento, havia paixão, tu costumavas beijar-me de forma apaixonada e dizias amo-te em frente a todos os teus amigos. desde a entrada naquela escola não te reconheço e não sou a única a dizê-lo. no fim ainda me culpabilizas por tudo o que aconteceu, por termos acabado. admito, o meu feitio não é fácil, mas tu conhecias-me! e para além disso eu ficava calada com certas coisas que tu me dizias que podes ter a certeza que nenhuma outra fica. disse-te coisas fortes, de um coração magoado, disse até que foste a melhor e a pior pessoa que eu conheci, no fundo não acho que foste a pior, mas ao ouvir aquelas palavras horríveis deixei-me levar pela raiva e queria fazer-te sentir como tu me estavas a fazer sentir, insignificante, nada. magoaste-me mesmo muito e quero apagar-te da minha vida custe o que custar porque parece que já tratas-te de fazer o mesmo comigo na tua. não vou esquecer cada minuto, pois por mais que quisesse o meu coração não deixa, marcou-os de uma maneira irreversível. apaguei-te de todas as listas de contactos possíveis para não correr o risco de ter uma recaída e falar contigo e para não ver as vossas estranhas demonstrações de amor, quanto aos textos e mensagens, apaguei-as também mas não antes de as passar para um caderno que estará fechado e guardado num sitio que só alcançarei daqui a muito tempo, pode ser que aí sorria com uma lágrima de saudade e tente por para trás das costas o quanto me fizeste sofrer ao tornares tudo tão meramente insignificante ao ponto de me esqueceres em tão pouco tempo e de substituíres o meu lugar num ápice. o teu lugar, nunca será substituído por ninguém, disso garanto-te com todas as certezas do mundo porque o primeiro amor nunca se esquece e não contam só os dois meses de namoro mas sim os dois anos de imensa história. ainda tenho aquele pressentimento de que isto não acaba aqui, mas vou tentar esquecer isso e só te peço uma coisa, se te arrependeres da tua escolha não me digas, não me procures como já fizeste antes. sempre foste muito de arrependimentos, sabes disso, e se me procurares vamos viver um déjà-vu, tudo de novo, e aposto que me vou magoar outra e outra vez, sabes do que falo, por essa razão peço-te, e este é o meu último pedido, não vou pedir para não me esqueceres porque tenho a certeza que isso não acontecerá, os momentos para ti podem não ter sido tão intensos como foram para mim, mas foram marcantes, vais lembrar-te que fui a primeira rapariga que apresentas-te a toda a tua família, como último pedido, não me procures mais pois cairei e não quero cair de novo por mais arrependimento que venhas vais prometer-me o mundo de novo e não vais conseguir dar e então acabarás por desistir culpabilizando-me. sabes que eu não penso só em mim como disseste, pelo contrário penso sempre em ti primeiro que tudo, e depois nos outros. penso sempre em mim em último lugar. mete-me um bocado de nojo, e mesmo assim não sei se nojo é termo certo, pensar que eu não consigo falar com mais rapaz nenhum a pensar em ti e tu já o conseguiste e de que maneira à tanto tempo. não penso em mais ninguém a beijar os meus lábios nem em tornar-me tão de alguém como me tornei tua, mas tu já o fizeste, já tens outra no meu lugar. vou lembrar-me sempre do teu jeito meio tolo, das tuas danças e cantorias parvas, das nossas brincadeiras e de cada lágrima e de cada sorriso que me proporcionas-te pois apesar da dor, ajudaste-me a descobrir o que é o amor e a crescer. o meu coração está agora mais frio, não se derreterá para qualquer um, está magoado. acredito que daqui a uns tempos alguém aparecerá para amenizar a dor mas não curá-lo na totalidade, isso é impossível. espero que me recordes também de um jeito meio tonto, das perguntas parvas sem pensar que te dizia quando o sono já era muito, das noites que adormecia-mos longe mas perto, onde conseguia ouvir o som da tua respiração por telemóvel. o teu cheiro, aquele que estava entranhado no casaco com o qual dormi para te sentir meu até nos sonhos, o teu toque e tudo mais serão coisas que eu vou guardar a sete chaves e que sempre que abrir uma delas que seja a saudade irá aparecer. sempre que ouvir o teu nome algo se vai mexer dentro de mim e as recordações por mais desfocadas que se tornaram virão. vamos ver qual é o amo-te mais verdadeiro, se o único que é dito ou se é o vulgarmente utilizado para qualquer um como ela faz. no fim, ainda tenho medo que te magoes com as tuas escolhas pois sei que ela não vai compreender muita coisa que eu compreendi e que vai deixar passar ao lado muitos pormenores que eu tentei apanhar, e mesmo assim tu disseste que eu não fiz nada enquanto namorada foste injusto e ingrato. nunca amei nenhum rapaz antes, foste o primeiro que eu amei e o único a ter o meu amor na sua totalidade, pois amo-te de todas as formas, amo-te como amigo, como melhor amigo, como estranho, como namorado, como inimigo, amo-te até de coração partido e ferido por ti. odeio a forma cínica como ela passou por mim à uma semana atrás e me abraçou, o ódio por ela já se despertou, agora por ti não dá pois por mais ódio e raiva que possa sentir neste momento nunca irão ser mais do que o amor. vou tentar que este seja o último texto que escreva para ti, porém não há nada que me garanta isso pois nos momentos de angustia são sempre as palavras que me ajudam a recompor. estou a tentar dizer tudo o que tenho a dizer, mesmo da forma confusa que está a ser, como um grande texto de um amontoado de sentimentos que tu nunca irás ler e muito menos compreender. és o príncipe e o hdmv, por mais estranho que possa soar, encontrei em ti tudo o com que sonhava num rapaz, mas tu destruis-te o teu tu por quem me apaixonei à dois anos sem me dar conta. ainda és também o meu mundo, mas tratarei de te tirar este poder. agradece à tua mãe, à tua cunhada, ao teu irmão, ao teu pai e até mesmo à tua avó que me ajudou a entender que não tens uma vida fácil e eu sei que ela não me conheceu na realidade, mas eu conheci-a e seria capaz de te tirar a dor que sentes ao vê-la naquele estado e passar para mim só não sofreres. obrigada por estes dois anos e por teres estado sempre lá, embora agora te tenhas esquecido de tudo. lembro-me de um dia eu te ter magoado, sem explicação alguma e ter ficado preocupada por te ter desiludido, aí tu disses-te 'não te preocupes, ao longo do nosso namoro vai haver vezes que tu me vais magoar e eu a ti mas nós vamos passar isso' ou uma coisa parecida, estava eu no algarve onde até cheguei a chorar por saber que estavas mal e estar se mãos e pés atados para te ajudar, pergunto-me onde ficou isso. sei que isto está mal escrito, desorganizado e com a pontuação mal colocada mas nada é perfeito, nem mesmo o nosso amor que parecia ser. acho que já está tudo, mas poderia continuar a escrever até ao infinito pois não há palavras que descrevam o que significas para mim. amo-te mais do que aquilo que alguma vez sonhas-te que alguém será capaz de te amar, ficarás para sempre comigo no meu coração e só não na minha vida como um bom amigo porque faltas de respeito não consigo suportar. as maiores felicidades do mundo para ti e para a tua família e não estou a ser cínica. será eterno como prometi, cumprirei a minha parte mesmo de longe por mais que a minha vontade seja deixar-te como tu me deixas-te. é hora de secar as lágrimas e de dizer um adeus que já devia ter sido dito à mais tempo atrás. 

um à parte: se algum dia chegares a ler este blog e nomeadamente este texto, re-lê também os outros que escrevo desde 2010 que leste enumeras vezes do outro blog. (*; ** ; *** ; **** ; ***** ; ****** ; ******* ; ******** ; ********* ; ********* ; *********** ; ***********  ; ************* ; ************** ) lembras-te de os leres e de me dizeres que estavas arrependido por me teres feito sofrer daquela maneira? irónico porque voltas-te a fazê-lo mas desta vez pior. como podes ver, o amo-te que te digo já tem muita história e nota-se de longe que é verdadeiro e sincero,  demorei dois anos a perceber o verdadeiro significado dele, não o descobri em semanas como ela. 

p.s- sabes que por mais que diga que não quero que me procures é exatamente o contrário. 

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